quarta-feira, 28 de julho de 2010

Caldos

Interessante isso de aproveitar restinhos de tudo. Quando morava só e somente só, o desperdício de alimentos era um grande problema. Comecei a criar soluções malucas e não desperdiçava mais nada. Cascas e cabeça de camarão viravam caldos, o bagaço virava bolinhos, que eu temperava, acrescentava ovo, soja hidratada e farinha de trigo, fritava e servia de tira-gosto. Faziam maior sucesso...
Os restos de verduras, fazia caldos também, hoje em dia bem melhores graças a esses escritos de La Cuccinetta - ô serviço de utilidade pública o blog dessa menina! Restos de carnes, carcaça de frango, ossos e cabeças de peixe... CALDO. Desenvolvi o método de botar os caldos em caçambas de gelo, congelar e depois guardar em saquinhos... Me achava muito esperta e original fazendo isso, até que ano passado peguei uma revista Gula do meu irmão, só falando de caldos, ensinando a fazer os cubinhos...
Fiquei com aquela sensação de ‘ué, não fui eu que inventei isso não???’  Pôôô :s

quarta-feira, 21 de julho de 2010

As carnes, As Tortas e Os Rocamboles



Há algum tempo, eu tinha 3 calos na cozinha: carne bovina, rocambole e massas de tortas (empadão, tortas doces...) 

Numa madrugada insone, vi de cabo a rabo,  o DVD do mestre das carnes Marcos Bassi. Ele explica tudo tim-tim-por-tim-tim, tem até um projeto de churrasqueira perfeita no DVD. Achei uma video-aula interessantíssima! Fiquei dias repassando a lição do “bem-passado, ao ponto e mal-passado’ que ele ensina na parte do gordinho da mão abaixo do polegar... A frase-verdade do DVD, que ele repete mil vezes, é: “não existe carne de segunda e sim animal de segunda”.
Valeu muito a pena. Fogo foi depois de ver mil tipos de carne, convencer o estômago a digerir um sanduíche de queijo...

Comecei com a ‘carne-sem-erro’, contra-filé, que acho até mais saborosa que o mignon... Depois fui me aventurando em outros tipos de carnes, cá e acolá dando uma bispada no 'mapa de anatomia' do boi e tudo foi dando certo. 
Trauma resolvido. 

O segundo trauma, acabei de resolver: massas para tortas. Fiz algumas vezes na adolescência e nunca dava 100% certo. E como eu gosto muito e não é nada light, nunca fiz muita questão de aprender...  Me aventurei a princípio a fazer um pastel Lolita para a festa de aniversário do meu irmão.  Ficaram deliciosos e foram devorados antes de esfriar completamente - e de serem fotografados - mais uma receita que fico devendo aqui.

Queria MUITO fazer uma torta doce. Mas todas as receitas que eu pegava, exigia balança  (não tenho ainda). E também não tinha forma com fundo removível. Essa semana comprei a forma. TINHA que fazer uma torta. Na própria forma, havia uma receita de torta de morango. Tinha todos os ingredientes em casa. Apesar de ser uma massa, um creme e uma cobertura muito da fuleira, não exigia balança. Então eu não tinha para onde correr. Fiz dobrando a receita da massa, pois como sou café-com-leite nessa arte, não consegui forrar nem metade da forma com uma única receita. Nesse ponto, esqueci um pequeno-grande detalhe: essa massa leva fermento, então ela ficou muito mais grossa que o normal. 



Cá para nós: não gosto da espessura ‘normal’ finíssima dessas massas de torta por aí. Quando a massa é gostosa e sequinha, acho que ela pode ser da mesma altura do recheio... Bem, se você tem uma forma com fundo removível e, como eu não tem balança, aventure-se. Em todas as fases eu pensava: pô e faz assim? Nossa, amido de milho no recheio é golpe baixo... Gelatina na cobertura é o Ó... Mas, como estava tentando seguir uma receita uma vez na vida, fiz direitinho. E a torta acabou rapidíssimo... Eu perguntava aos brothers: o que vocês acharam da massa? ‘tá ótima’ e o recheio ‘delícia’... 
Impressionante. Fácil e baratíssima. E ficou linda, vamo combinar... hehehe







Receita:
massa:
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de óleo
1 ovo
2 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa rasa de fermento químico
farinha de trigo até desgrudar da mão

recheio:
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
3 gemas
3 copos de leite
1 colher de sopa de amido de milho

cobertura
gelatina de morango
2 caixas de morango

Preparo:
1.Prepare a gelatina conforme a embalagem e deixe na geladeira, pois ela precisa estar em ponto de clara de ovo, pois se estiver líquida, penetrará na massa.
2.Faça o recheio: misture todos os ingredientes e cozinhe mexendo sempre até ficar bem cremoso. Cuidado para não empelotar. Deixe esfriar para rechear a torta.
3. Misture todos os ingredientes da massa, acrescentando farinha de trigo até soltar das mãos. Forre a forma sem untar, fure a massa com um garfo e asse em fogo médio de 10 a 15 segundos, até 
dourar.

Montagem: deixe a massa esfriar um pouco, enquanto isso, corte os morangos na diagonal. Coloque o creme, os morangos e delicadamente a gelatina em ponto de clara, pois assim ela fica na superfície. Levar a geladeira por no mínimo 4 horas. :p




Só para finalizar o exorcismo dos traumas, rocambole só tentei fazer uma única vez, quando era teen, de uma receita retirada de um saquinho de queijo ralado. Era de batata, por isso a massa ficou muitíssimo mole e me causou um imenso aperreio. Quando fui enrolar, a bicha quebrou ao meio, com a carne moída já em cima... Trash. Ficou gostoso, mas muito, muito feio. 
Então é isso: fico devendo pasteis Lolita e um belíssimo rocambole ;)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Acepipe de Batatinhas




Comemoro sempre quando encontro essas mini-batatas...
Para conservinhas rápidas e avinagradas, tira-gosto, em carnes assadas e galinhas de molho, nada melhor...
Tenho usado muito chicória em pratos cozidos. Ela tem um sabor levemente amargo e textura firme, que em combinação com a maciez das batatas formam uma dessas ‘misturas perfeitas’. A chicória pode ser utilizada substituindo couve em pratos diversos.

Acepipe de Batatinhas com Chicória:

1/2 kg de batatinhas cozidas (coisa de 8 minutos)
3 dentões de alho
10 folhas de chicória picada grande
Sal, pimenta-do-reino e tomilho
Azeite, limão

Azeite na frigideira, doure levemente o alho picado, acrescente as batatinhas, o sal, o tomilho e a pimenta. Deixe dourar um pouco e acrescente a chicória. Quando as folhas mudarem de cor, está pronto. Jogue gotinhas de limão antes de servir num pratão bem bonito e cheio de garfinhos...
Ótimo com cervejinha gelada ou com vinho.